Insatisfação, arrependimento, indignação, não sei qual sentimento se enquadra mais

Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que me deram os parabéns, foi uma data muito especial para mim. Mas o assunto de hoje é triste.

Estou um pouco sumida aqui do blog, foram tantos problemas ultimamente, que estou sem tempo para postar e comentar nos bloguitos de vocês.

O título da postagem se refere a loja Rit Móveis, uma franquia da Favorita. Se preparem, que a história é longa, muuuuiiiito longa, o meu maior post, mas vale a pena para não cometerem o mesmo erro que eu cometi.

Em abril do ano passado, recebi um contato da referida loja, situada à Av. Nazaré (Ipiranga-SP), dizendo que formaram uma parceria com o meu empreendimento e estavam com um desconto imperdível para quem fechasse o projeto da casa completa. Eis que agendamos uma visita, fizemos o projeto, como estava do jeito que queríamos e um preço que cabia no bolso, batemos o martelo, sem ao menos fazer outros orçamentos e pesquisar a respeito da loja, afinal, a Favorita tem um nome forte no mercado e não sabíamos que cada loja era um CNPJ diferente.

Até então, estava tudo maravilhoso, fomos muito bem atendidos, só a planta do meu apê que estava invertida, mas isso não tinha problema, afinal o projeto final só seria assinado após as medições.

Em junho aproximadamente, quando entrei na blogosfera, comecei a ter várias novas idéias e decidi fazer algumas alterações no meu projeto. Enviei um e-mail para a projetista, pedindo para inverter a minha planta e agendar um horário para fazer as alterações (e-mail esse que não foi respondido até hoje). Como eu não tinha muita pressa, já que a previsão de entrega do meu apê era só para dezembro, resolvi não me estressar, e não cobrei eles por uns dois meses. Foi quando fui pessoalmente até a loja e descobri que o e-mail não foi respondido porque a projetista não trabalha mais pra eles, tem algum cabimento uma história dessa? Beleza, quem iria me atender então era um tal de Eric, que só não pode fazer alterações no mesmo momento porque o meu projeto tinha sido enviado para o escritório, não estava disponível na loja. Ele ficou de me ligar na semana seguinte, dizendo quando eu poderia voltar para fazer as alterações (ligação que estou esperando até agora). Mais uma vez relevei, e adiei o meu estresse.

Eis que mês passado, a construtora agendou a vistoria técnica do apartamento, e a informação que tinham nos passado, era que um funcionário da loja nos acompanharia no dia da vistoria para fazer as medições.

Foi ai que a coisa começou a ficar estranha. Tentei ligar na loja e só dava ocupado. No site deles, encontrei um outro telefone, que seria do escritório. Lá, consegui contato com uma tal de Aline, que me passou uma informação diferente. Ela indicou que a medição não fosse feita na vistoria, e sim, após a colocação do gesso. Até que tem uma certa lógica, pois a altura dos armários dependem do gesso.

Fizemos a vistoria. O apê já vem com um rodateto bem bonitinho, então decidimos não colocar gesso nem na cozinha, nem no dormitório.

Voltei a falar com a Aline. Deixei ela avisada que queríamos fazer a medição na revistoria do apê, mas antes disso, queriamos fazer as alterações no projeto.

Ela não conseguiu agendar com nenhum projetista para o final de semana, então decidimos ir direto, fazer plantão até alguém nos atender.

Chegamos a loja num sábado, por volta das 14 horas, e do lado de fora já vimos que não tinha nenhum cliente na loja, e a recepcionista deles estava jogando paciência!! Ela nos atendeu, disse que não seria possível fazer as alterações porque o único projetista tinha acabado de sair para almoçar. Quando nos propusemos a esperar, ela disse que o projetista almoça em casa, e demoraria pelo menos 2h30 para voltar. Ela ainda nos contou que a outra projetista deles, tinha descoberto que a mãe estava com câncer e não pode comparecer a loja. O nome da fulana é Tatiana, ela só não fez as alterações para nós porque não sabe mexer no programa, e mais uma vez, o nosso projeto não estava na loja. Nesse dia toda a minha insatisfação veio a tona e descarreguei tudo em cima da Tatiana, que não tinha nada a ver com a história, mas era a única que estava ali para ouvir. No final me acalmei, e aceitei a sugestão dela de voltar no próximo final de semana, às 11 horas, que meu projeto estaria lá e teria um projetista para me atender.

Sábado seguinte, às 11 horas estavamos lá. A Tatiana abriu a porta para nós e pediu para aguardarmos, enquanto ela finalizava um atendimento. Achamos estranho pois não conseguiamos ver mais nenhum funcionário na loja além da própria Tatiana, que não é projetista. Mas aguardamos e ficamos ouvindo as reclamações dos clientes que ela atendia. A história é a seguinte: o casal havia comprado em uma loja da Av. Pacaembu, que foi comprada pela Rit e foi fechada, transferindo os clientes para Av. Nazaré. A Tatiana contou a eles que a loja da Pacaembu deu muito prejuizo para Rit, pois tinha uma dívida interna de 1 milhão que eles desconheciam ao adquirir. Por causa dessa aquisição, a Rit teve que fechar todas as suas outras lojas ficando somente com a matriz da Av. Nazaré. Nesse momento ficou tudo claro para nós: Eles estão falindo!! Não tem projetista na loja, porque todos já cairam fora, provavelmente estavam sem receber salário, etc.

O casal foi embora da loja, e a Tatiana veio se explicar. Ela teve a cara de pau de contar a mesma história da projetista que descobriu que a mãe estava com câncer ontem, e os outros dois projetistas, que são casados, estavam com o filho doente, portanto ela mesmo iria fazer nossas alterações. Perai, não era você que não sabia mexer no programa??? Na verdade, eu sei um pouquinho... foi o que ouvimos dela, que começou a procurar o nosso projeto em todos os computadores da loja e adivinhem??? Não preciso nem falar que o projeto não estava lá né?? Nesse dia, fui muito educada, não me estressei nem um pouquinho, pois já tinha decidido: Vou cancelar o projeto. Perderei dinheiro, sim, 20% do valor total do projeto, isso se eu conseguir reaver a diferença sobre o que eu já paguei. Mas prefiro ter dor de cabeça agora, do que ter quando a loja fechar. Se eu não cancelar, vou ter que brigar com a fábrica, que fica em Santa Catarina para poder ver a cor dos meu móveis, não quero passar por isso, quero meu apê mobiliado assim que as chaves forem entregues.

Situação atual: Já temos 4 orçamentos de outras lojas que passaram muito mais segurança para nós, agora estamos pesquisando antes de entrar em outra fria. E o cancelamento do projeto com a Favorita, está sendo um parto. Só o diretor da loja pode fazer cancelamentos, e o mesmo é mais inacessível que nossa Presidente Dilma Rousseff, então temos que aguardar por uma vaga na agenda dele. Temos uma reunião pré-agendada para terça-feira. Agora é rezar para que tudo dê certo, e nos devolvam o dinheiro para comprarmos em outra loja.

Desculpem pela biblia que acabei de escrever, até entendo se vocês não lerem até o final (acho que eu mesmo não leria rsrsrs), mas precisava desabafar, e é bom que um caso como o meu fique disponível na net para que quem for pesquisar sobre a Rit móveis, não caia nessa cilada!